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o fruto de um coração transformado

O FRUTO DE UM CORAÇÃO TRANSFORMADO

“Faz parte da vida de todo cristão ser paciente, bondoso e longânimo, tendo como suporte principal o amor  essa essência vital que sustenta toda a dinâmica de um coração rendido ao Senhor. Quando exalado, seu perfume contagia a alma humana com gotinhas de ternura, capazes de fazer transbordar oceanos e mares, rompendo até as mais altas ondas. Irradia, assim, a energia viva que emana dos céus.

O amor verdadeiro, aquele que provém de Deus, não se limita a sentimentos passageiros. Ele é uma força que transforma, cura e fortalece. Ele nos impulsiona a olhar o outro com compaixão, a perdoar com sinceridade, a estender a mão mesmo quando não recebemos nada em troca. O amor é paciente porque sabe esperar o tempo de Deus; é bondoso porque reflete o caráter do Pai; é longânimo porque suporta as provações com fé e esperança.

Um coração cheio do amor de Cristo torna-se um canal de bênçãos. Por onde passa, deixa marcas de luz, palavras que edificam, gestos que restauram. Mesmo diante da dor, ele não se fecha, mas floresce. Mesmo sob pressão, não se quebra, mas se molda. O amor nos ensina que ser forte não é resistir com dureza, mas se entregar com confiança.

Quando esse amor habita em nós, ele nos transforma de dentro para fora. Os frutos do Espírito começam a brotar, não como imposições religiosas, mas como evidências de uma vida que caminha com Deus. Assim como uma árvore saudável dá frutos no tempo certo, aquele que permanece em Cristo frutifica naturalmente: paciência nos relacionamentos, bondade nas atitudes, longanimidade nas adversidades.

O cristão que vive enraizado no amor de Deus não é movido por vaidade, orgulho ou competição, mas pela leveza de quem encontrou o verdadeiro sentido da vida. Ele entende que, mais do que fazer coisas para Deus, é preciso ser alguém em Deus uma vida entregue, moldada, santificada.

O amor é o elo perfeito que liga todas as virtudes. Sem ele, qualquer ação perde seu valor eterno. Como nos ensina o apóstolo Paulo: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine” (1 Coríntios 13:1).

Que o nosso viver, portanto, seja uma expressão constante do amor divino. Que cada gesto, palavra e decisão seja conduzido por esse perfume celestial que nos faz transbordar. Pois é no amor que encontramos a verdadeira plenitude de vida  aquela que nasce em Deus e retorna para Ele, como um rio que, depois de cruzar vales e montanhas, deságua novamente no mar da eternidade.”

O amor que vem de Deus não apenas nos alcança, ele nos constrange, nos transforma e nos envia. Ele nos molda à imagem de Cristo, nos levando a agir com humildade, a servir com alegria e a viver com propósito. Esse amor é ativo, não passivo; ele nos tira da zona de conforto e nos desafia a viver de maneira contracultural.

Em um mundo marcado por pressa, intolerância e egoísmo, o cristão é chamado a ser um sinal visível do Reino de Deus. E como isso acontece através do amor encarnado nas pequenas ações: um abraço que consola, um ouvido que escuta, uma oração silenciosa feita por alguém que sofre. O amor se revela nos gestos que ninguém vê, nos perdões que ninguém aplaude, nas escolhas que renunciam o “eu” para glorificar a Cristo.

Viver esse amor é uma jornada diária. Não é algo que alcançamos de uma vez, mas uma caminhada progressiva, onde o Espírito Santo trabalha em nosso caráter. É Ele quem derrama esse amor em nossos corações (Romanos 5:5), ensinando-nos a ver como Deus vê, a sentir como Deus sente e a agir conforme a Sua vontade.

Ser paciente quando tudo dentro de nós clama por pressa é fruto do amor. Ser bondoso mesmo quando somos mal interpretados é graça em ação. Ser longânimo diante de repetidas frustrações é um testemunho de fé. Só o amor divino pode nos capacitar para isso e ele é derramado gratuitamente sobre os que se rendem ao Senhor.

O amor também tem o poder de curar feridas profundas. Quantas pessoas caminham quebradas, feridas por palavras duras, rejeições e decepções. O amor de Deus entra nesses lugares ocultos da alma, não com acusações, mas com restauração. Ele não apenas perdoa, Ele restaura dignidade. Ele não apenas salva, Ele renova identidades.

A maior expressão desse amor foi a cruz. Ali, Jesus, o Filho de Deus, ofereceu-se por nós quando ainda éramos pecadores. Ele não esperou que merecêssemos. Ele nos amou primeiro. E esse amor nos chama a viver de forma semelhante  com entrega, com graça e com compaixão.

Que nossos lares sejam cheios desse amor. Que os relacionamentos sejam fortalecidos por ele. Que nossas igrejas sejam conhecidas não apenas por suas doutrinas, mas por sua prática de amor. O mundo anseia por ver esse amor em ação não o amor genérico e superficial das redes sociais, mas o amor profundo, sacrificial e verdadeiro que flui do coração de Deus.

Amar, para o cristão, não é uma opção: é um mandamento. Jesus disse: “Um novo mandamento lhes dou: amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros” (João 13:34). É esse amor que nos distingue como discípulos, é esse amor que traz luz em meio às trevas.

Que, portanto, sejamos vasos transbordantes desse amor. Que o mundo, ao nos observar, não veja apenas boas intenções ou religiosidade, mas o reflexo vivo do caráter de Cristo, evidenciado em cada gesto, palavra e escolha. Porque onde o amor de Deus está, ali também está a vida, a luz e a esperança eterna.”

Viver uma vida fundamentada no amor é, antes de tudo, um reflexo da presença de Deus em nós. Não se trata de esforço humano ou de obras para merecer algo, mas de uma resposta natural à graça que recebemos. Quando conhecemos o amor de Deus em profundidade, não conseguimos guardá-lo apenas para nós ele transborda e alcança tudo ao nosso redor.

Esse amor também é o alicerce da unidade no corpo de Cristo. Quando o amor é o centro, não há espaço para divisões, contendas ou vaidades. Há lugar para perdão, para reconciliação e para apoio mútuo. A Igreja se torna então uma verdadeira família espiritual, onde os membros cuidam uns dos outros com sinceridade e onde a comunhão é mais do que aparência: é verdade vivida.

O amor nos torna sensíveis à dor do próximo. Ele abre nossos olhos para as necessidades dos que estão à nossa volta 

 dentro e fora da igreja. Ele nos move a alimentar o faminto, vestir o nu, consolar o aflito e visitar o solitário. O amor é o motor do serviço cristão, e quando agimos por amor, mesmo as tarefas mais simples se tornam ofertas agradáveis a Deus.

Além disso, o amor é uma arma espiritual. Ele vence o ódio, quebra cadeias de amargura e silencia o mal. O inimigo pode resistir a muitas coisas, mas não pode resistir ao amor genuíno que vem de Deus. Quando escolhemos amar, mesmo quando seria mais fácil odiar, estamos desarmando o reino das trevas e trazendo à luz o Reino de Deus.

A jornada cristã é longa, marcada por lutas e provações, mas também por vitórias e alegrias. E o que nos sustenta em cada passo é o amor do Pai, revelado em Cristo é derramado pelo Espírito Santo. Esse amor nos envolve, nos conduz e nos guarda até o fim. Ele é a âncora da alma, firme e segura (Hebreus 6:19), e é nele que repousamos a nossa esperança.

Concluindo, que cada cristão busque viver não apenas com palavras, mas com ações que manifestem o amor de Deus. Que sejamos cartas vivas, lidas e observadas pelo mundo, refletindo a luz de Cristo através da paciência, da bondade, da longanimidade e de um coração pleno de amor.

Pois, como está escrito em 1 João 4:16: “Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.” Que esta verdade seja o fundamento da nossa fé, a motivação das nossas obras e o destino final da nossa caminhada, o próprio Deus, fonte eterna do amor.”

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